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Direitos autorais - Rodrigo Castilhos Heck. Tecnologia do Blogger.

Quem somos?

Esse blog tem intuito de difundir o batuque do Rio Grande do Sul. A base do blog é as pesquisar feitas por seu fundador, Rodrigo Heck. Cujo é Babalorixá da nação de Cabinda, e também cacique de Umbanda e Quimbandeiro. Os textos aqui publicados têm referencias bibliográficas de livros, internet e textos obtidos nos fóruns que o autor participa. Esse blog é aberto à discussão, e pedimos a colaboração de todos os amigos que visitarem que deixem seus comentários, sugestões e criticas, para que possamos melhor a cada dia nosso trabalho.

Jogo de búzios e cartas com hora marcada

Jogo de búzios e cartas com hora marcada

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quarta-feira, 30 de setembro de 2009



O consagrado autor Fernandez Portugal Filho nos brinda com uma raridade no campo da bibliografia afro-brasileira: o Guia Prático da Língua Yorùbá em quatro idiomas: português, espanhol, inglês e yorùbá.

Esta obra completa o novo horizonte que se levanta para os interessados nas raízes culturais africanas no Brasil: o plano internacional, ou melhor, aquilo que se denominou "Américas Negras".

Guia Prático da Língua Yorùbá foi escrito na tradição nigeriana, com pequenas frases da sabedoria yorùbá que não podem ser entendidas isoladamente e que guardam uma visão de mundo que muitas vezes permanece invisível aos olhares ocidentais.

Este livro tem o poder de sanar várias dúvidas, pois percorre meticulosamente a gramática original, além de esclarecer o intrincado tecido lingüístico bordado por nossos ancestrais.

Seu glossário abre um leque imenso de opções, e a quantidade de palavras do vocabulário moderno prova que este não é um livro voltado para o passado.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

São trechos de pontos de Umbanda em louvor ao caboclo Ogum. São pontos cantos com duração de 30 segundos para ser escutado direto do site ou você pode optar por baixar o arquivo completo para seu computador. Esses pontos foram extraídos da internet e não condizem com grande parte dos terreiros do Rio Grande do Sul, mas com certeza vale a pena conferir.

OGUM MEGÊ
OGUM MEGÊ e OXOSSI
OGUM IARA  
Ponto geral para OGUM 
OGUM MEGÊ e OGUM BEIRA MAR
OGUM SETE ONDAS OGUM Jurou bandeira
NA ALVORADA UM CAVALHEIRO SURGIU
OGUM PISA NA LINHA DE UMBANDA

Confira esses e muitos outros pontos nos CD's comercializados pela GanLabí Artigos Religiosos, são mais de 40 títulos. Não esqueça que em breve estaremos no AR com www.ganlabi.com.br

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Esse texto foi extraído da revista Umbanda Centenária, vale a pena conferir.


Como em todo o Brasil, também no Rio Grande do Sul a Umbanda surgiu defendendo padrões e comportamentos aceitos socialmente. No entanto, não escapou a repressão policial. Segundo M. Caldas – um dos maiores intelectuais da Umbanda e do espiritismo no Rio Grande do Sul, hoje falecido, nos primeiros tempos, o Centro de Charão não possuía um endereço fixo, funcionava de forma itinerante (o endereço mudava toda semana). Além dessa instabilidade, também o próprio espiritismo e o Batuque se opuseram a Umbanda nascente. O primeiro desqualificava as suas práticas mediúnicas, o segundo não aceitava que os Orixás fossem invocados sem suas normas rituais, o que denuncia que estava em jogo uma disputa de bens simbólicos.

                De Rio grande, a Umbanda foi levada para Porto Alegre pelo capitão da Marinha, Laudelino de Souza Gomes, que fundou nessa capital a Congregação Espírita dos Franciscanos de Umbanda, em 1932, e que existe nos dias atuais. Nesse caso, é dupla a razão do termo franciscano. Em primeiro lugar pela sincretização entre São Francisco de Assis e Lokô (termo Yourubá), ou Irokô (termo Jêje), ou Orixá Tempo (Angola), isto é: a árvore gameleira branca; em segundo lugar pelo uso que seus membros faziam uma espécie de bata branca com sandálias e cordões em torno ao ventre, semelhante à vestimenta de São Francisco.



                Pernambuco Nogueira esclarece que tanto Charão quanto Souza Gomes não eram naturais do Rio Grande do Sul, e ambos tiveram na África por algum tempo. No entanto, dedicaram-se quase que exclusivamente a implantação e divulgação da Umbanda (Nogueira 2001). Outros importantes personagens divulgadores da Umbanda nesse estado foram Norberto de Oliveira, que introduziu no município de Viamão, Jesina Furtado fundadora da casa Mestre Quatro Luas; e Astrogildo de Oliveira, fundador do Templo Rainha Yemanjá Fraternidade Ubirajara.

Segundo Pernambuco Nogueira, essa ultima casa possuía [...] a peculiaridade de ter construído, nos fundos, uma miniatura de todos os Reinos em que se efetuavam os rituais, inclusive uma calunga pequena (Cemitério) para ali realizar trabalhos sem sair do local do Templo, pois se preocupava com deturpações já existentes.
Uma particularidade desses templos mencionados, e que hoje já não vigora, reside no fato de que a abertura dos trabalhos era efetuada por uma linha não mais encontrada hoje: a linha da Yaras, que se apresentavam se arrastando pelo chão, como o fariam as sereias em terra seca, e promoviam a limpeza do templo utilizando-se de água.
No mais, na Umbanda do Rio Grande do Sul são cultuados “caboclos”, “preto-velhos” e “crianças”, aos quais não são realizados sacrifícios de animais. Outrara era também cultuada a linha “linha ou povo de Oriente”, hoje quase em extinção. Segundo a representação dos Umbandistas, tratava-se de entidades bondosas, bastante evoluídas e que transmitam vibrações puras. Seus médiuns, incorporados, adotavam a postura corporal e os gestos dos povos do Oriente: chineses, indianos, árabes e ciganos. Nos trabalhos da casa de Pernambuco Nogueira manifestavam-se duas entidades indianas: Brahmayana e Nargajuna.
Hoje o “povo cigano” foi transformando em Linha de Exu. Quanto aos guias Orientais, se manifestam em poucas casas que trabalham com o que denominam de Junta Médica.

A Linha Cruzada
                Trata-se de uma expressão religiosa relativamente nova, iniciada, tudo indica, na década de 1960. Constitui, porem, a que mais tem crescido nesse Estado, sendo cultuada hoje em cerca de 80% dos terreiros. Segundo Norton Correa, “essa modalidade ritualística chama-se cruzada [...] porque, enquanto o Batuque cultua apenas Orixás e Umbanda, caboclos e preto-velhos; a Linha Cruzada reúne-os no mesmo templo, cultuando, além deles, também os exus e suas mulheres míticas, as pomba-giras – provavelmente originários da Macumba do Rio de Janeiro e São Paulo” (Correa, 1998:48).
                Ainda segundo Correa, as principais razões para o crescimento da Linha Cruzada seriam os seguintes: os custos dos rituais são mais baratos que o do Batuque; e seus membros podem reunir e somar a força mística do batuque com a da Umbanda.
                A proliferação de terreiros Cruzados tem se constituído num forte motivo de polêmica e de acusação mútua entre os membros das religiões afro-brasileiras do Rio Grande do Sul. Trata-se em verdade, de um conflito, em parte intergeracional, em que os “mais velhos” na religião tendem a considerar essa inovação como uma “deturpação” da religião dos orixás por parte dos mais jovens, ao mesmo tempo em que expressa em parte também um conflito entre os “conservadores” e os “modernos” as mudanças sendo compreendidas à tradição como uma violação dos fundamentos da religião.
                De uma maneira geral, são extremamente precários os números acerca dos terreiros existentes no Rio Grande do Sul, bem como a incidência de rituais dentro das modalidades religiosas acima referidas. Seja como for, e para dar ao menos uma idéia de grandeza, deve existir hoje cerca de 30 mil terreiros em atuação nesse estado, onde, em cerca de 80% deles, são celebrados rituais de Linha Cruzada, em 10% somente rituais de umbanda (caboclos e preto-velhos) e em 10%, somente rituais de Batuque (nação).

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Vamos começar a disponibilizar as edições de nosso jornal impresso em formato de arquivo PDF.

Baixem e vejam duas das matérias já publicadas.

Jornal 1
Jornal 2
Na semana de Cosme e Damião compre suas balas e doces em nossa loja. Estamos com uma linha de produtos para atender a demanda dessa semana que é dedicada a falange das crianças. Consulte nos preços e condições e receba um grande Axé dessas queridas entidades. Vale lembrar que nossa loja está enfeitada para data de comemoração 27/09.
A todos que seguem a filosofia espírita.


O livro fala sobre a imortalidade da alma, a natureza dos Espíritos e suas relações com os homens, as leis morais, a vida presente, a vida futura e o porvir da humanidade – segundo o ensinamento dos Espíritos superiores, através de diversos médiuns, recebidos e ordenados por Allan Kardec.


segunda-feira, 14 de setembro de 2009



São mais de trinta títulos de musica afro. São CDs de Umbanda, Nação e Exu, de R$ 10,00 por apenas R$ 7,00, até o final do mês de setembro. Contamos com CDs de Reza de Nações como Jejê, Oyo, Cabinda, Jeje Ijexa.



DE R$ 10,00 por R$ 7,00, até o final de setembro.

domingo, 13 de setembro de 2009




Imagem do orixa Iansã de resina medindo 45cm de R$ 99,00 por APENAS R$ 80,00.
Na serie de pontos do nosso blog, vamos postar alguns pontos cantados a louvor a exu. Vamos primeiramente postar pontos em formato em formato .mp3 para que seja ouvido e apreciado pela comunidade religiosa. Em breve incluiremos os respectivos ponto em formato de texto
Laroiê Exu



sábado, 12 de setembro de 2009

No livro, Feitiços para prender o seu Amor, escrito por George Maurício e Vera de Oxalá, publicado pela editora Pallas, trás uma serie de simpatias e feitiços para conseguir ou ampliar seu amor. Com pratica nos de trabalhos de candomblé o livro serve de amparo tanto para leigos e espertes ampliarem seus conhecimentos no encantamento do amor.
Veja na integrada um dos trabalhos do livro e fique encantado com seus poderes mágicos. E se quiser saber mais adquira o livro, Feitiços para prender seu Amor, em nossa loja ou, pelo telefone 51 3434.1203.
Corte a s influencias negativas do seu relacionamento amoroso
Material:
Uma tigela branca, média
250g de canjica branca cozida
Essência de baunilha
Meio metro de morim branco
Sete folhas de saião, lavadas
Dois ovos crus

Preparo:

Em dois pedaços de papel escreva o nome das pessoas a lápis: num, ponha o seu, no outro, o do seu amado (a). Coloque-os de frente um para outro, bem juntinhos. Ponha dentro da tigela, acrescente a canjica, enfeitando com as folhas de saião e os ovos ficando no meio, com a ponta fina para cima. Regue com essência de baunilha, fazendo seus pedidos. Feche bem com o morim e amarre no galho de uma arvore bem frondosa.

Nos visite no Orkut GanLabí Artigos Religiosos.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Quando Obatalá chegou neste mundo, nada conhecia sobre ele e tinha curiosidade de saber de todas as coisas.
Foi por esse motivo que um dia pediu a Exu, que era seu empregado, que lhe servisse no almoço que houvesse de melhor sobre a face da Terra.
Exu, então, foi ao mercado e ali comprou uma língua bovina que, com as próprias mãos, limpou, temperou e, depois de assar, serviu a Obatalá.
Finda a refeição, muito agradecido, Obatalá disse a Exu:
- O prato que me serviste é realmente delicioso, jamais, em minha vida, experimentei algo tão bom!
Envaidecido, Exu retrucou:
- Realmente, a melhor coisa do mundo é a língua!
- Quero agora, amigo Exu, que me sirvas a pior coisa que possa existir neste mundo - pediu o Orixá Funfun.
No dia seguinte, Exu foi novamente ao mercado, de onde retornou com mais uma língua bovina. Novamente preparou-a da mesma forma que a anterior e serviu-a a seu amo.
Depois de comer, Obatalá repreendeu Exu:
- Quer me parecer que não entendeste bem o meu pedido. Ontem me serviste uma língua como sendo a melhor coisa do mundo, comi e gostei, aprovando inteiramente a tua escolha. Em seguida te pedi que me servisses, hoje, a pior coisa do mundo e, mais uma vez, me serves língua. O sabor é exatamente o mesmo da que me foi servida ontem e gostaria de saber como pode uma coisa ser, ao mesmo tempo, a melhor e a pior coisa do mundo. Ou será que se trata de mais uma de tuas brincadeiras?
- Não, grande Orixá, não se trata de nenhuma brincadeira. Jamais agi com tanta seriedade e segurança! – assegurou Exu.
- Explica-me então o que pretendes pois, confesso, não consigo entender onde queres chegar – replicou o Orixá Funfun.
Com ar sério, Exu começou explicar:
- A língua é, sem duvida, a melhor coisa do mundo e, contraditoriamente, pode ser a mais perigosa e ruim de todas.
Quando é usada para coisas boas tais como abençoar, fazer preces em louvor aos Orixás, orientar corretamente, cantar a boa música, recitar poesias, falar de amor e ensinar os bons costumes é, então, a melhor coisa do mundo.
Quando, ao contrario, é utilizada para caluniar, amaldiçoar, mentir, fomentar a discórdia e a guerra, torna-se letal. É a pior de todas as invenções de nosso pai Olodumare e melhor seria que nunca existido. Tudo depende da forma como é usada por seu dono, para que possa ser classificada como a melhor ou pior coisa do mundo.
E foi então que Otatalá, compreendendo o ensinamento que lhe era dado por Exu, nunca mais aceitou língua em suas refeições.
Essa lenda de Exu foi retirada do livro, Lendas de Exu, esse excelente trabalho, escrito por Adilson Martins, publicado pela Editora Pallas, faz com que o leitor possa conhecer mais e viver nos textos aspectos que trazem tradições orais, dando narrativa uma ordem simbólica que é também homenagem a esse ser tão querido e temido, que é Exu.
Assim, o livro Lendas de Exu, oferece ao grande público um ampliado contato com a mitologia e com a sociologia da fé.
Lendas de Exu, você encontra em nossa loja, ou através do número 51 3434.1203 e em breve na loja virtual www.ganlabi.com.br que está em desenvolvimento e será em breve inaugurada. Desejamos a todos, uma ótima leitura, e que Exu continue propagando sua alegria em nossas vidas.
Rodrigo d’Xapanã